Car@s associados, estamos atualizando o banco de dados para otimizar nossos contatos. O trabalho está sendo coordenado pelo secretário executivo, Fábio Santos de Andrade. A ficha já foi enviada por e-mail aos associados. Após o preenchimento, o cadastro deve retornar para um dos seguintes endereços eletrônicos: fasaan@hotmail.com ou secretariaexecutivaabrapps@hot mail.com.
domingo, 29 de abril de 2012
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Diretoria define metas para o segundo ano de gestão
Ontem,
dia 22 de abril, a diretoria da Associação Brasileira de Pesquisadores(as) pela
Justiça Social (ABRAPPS) esteve reunida em São Paulo para definir as ações que
deverão ser implementadas neste segundo ano de mandato e avaliar o trabalho já desenvolvido.
Na
avaliação geral, o saldo foi positivo com destaque a regularização da entidade
que está inscrita no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e teve o
regimento interno aprovado. O diretor financeiro José Raimundo, que coordenou o
processo, informou que ainda falta inscrever a associação na prefeitura e em
outras instâncias para cumprir os critérios, normalmente, requeridos para
concorrer a editais. Outro avanço nesse primeiro ano de gestão foi a ampliação
dos mecanismos de comunicação, implementados com o intuito de fortalecer o vínculo entre os
ex-bolsistas. A ABRAPPS possui um blog
(blogdaabrapps.blogspot.com.br) e um grupo de discussão no facebook , que conta
com a adesão de 80 bolsitas e ex-bolsistas.
Pauta – No encontro ficou definido a cobrança da anuidade dos
associados, conforme previsto no regimento interno. A aprovação dessa proposta e o valor da mensalidade serão definidos em consulta
pública online ainda no primeiro semestre. O secretário executivo, Fábio Santos
de Andrade, alertou sobre a necessidade de realizar o recadastramento para
atualizar os dados dos 67 associados, dos quais 36% estão na região Nordeste, 28,4% Sudeste, 21%
Norte, 14% Centro-Oeste e 0,6% Sul.
Outra
necessidade apontada foi de envolver as coordenadorias regionais para desenvolver
ações focadas na aproximação com bolsistas e ex-bolsistas que, posteriormente,
poderão integrar o quadro associativo da
ABRAPPS. A diretora geral Fátima Aparecida Silva reiterou a importância de
fortalecer a entidade, contudo é preciso qualificar a participação nessa fase
que a ABRAPPS começa a ter maior
inserção social, com a elaboração e execução de projetos.
Três propostas para captação de recursos foram apresentadas
pelos associados. A primeira delas foi de Ronaldo
Pereira Santos. Trata da formação de rede e
fortalecimento institucional da ABRAPPS, com duração de dois anos e objetiva
levantar recursos para manter os gastos estruturais e de logística da associação,
bem como criação e manutenção de site, contratação de profissional para
elaboração de projetos e captação de recursos. A segunda proposta é do associado Pedro Paulo Piani, que defende a
formação de uma rede nacional de monitoramento da equidade em ciência,
tecnologia e inovação em várias áreas de atuação da ABRAPPS. Outro projeto foi
apresentado pelo associado Francisco
Kennedy que propõe a criação de uma rede de apoio às comunidades amazônicas na
melhoria da qualidade de vida.
Ficou definido que os referidos projetos deverão ser
encaminhados à diretoria, que criará uma comissão de avaliação de projetos - a
ser constítuida por associados – para participação em futuros editais.
No encontro foi discutido a possibilidade de realizar o 1º
Congresso ABRAPPS e sucessão da atual diretoria. Até o final de agosto serão
definidos os membros que irão compor a comissão eleitoral que conduzirá a
eleição em abril de 2013.
Fonte: Diretora geral Fátima Aparecida Silva
Texto: Ivonete da Silva Lopes
domingo, 22 de abril de 2012
NOTA DE REPÚDIO
A diretoria da Associação Brasileira de
Pesquisadores (as) pela Justiça Social (ABRAPPS), reunida no dia 22 de abril de
2012, vem a público expressar repúdio à intimidação sofrida pelo índigena Kaiwoá
Guarani Tonico Benites, ex-bolsista 2006 do Programa Internacional de Bolsas de
Pós-Graduação da Fundação Ford. Tonico, seus filhos e esposa, grávida de sete
meses, foram ameaçados por um homem armado nas proximidades da sua aldeia
indígena em Paranhos/MS.
O episódio demonstra o contexto violento pela posse
das terras e a difícil realidade vivenciada pelas comunidades indígenas
brasileiras que lutam para garantir os seus direitos.
Aqui, manifestamos nossa solidariedade e apoio ao
Tonico e à luta índigena.
Abaixo segue o relato de Tonico Benites.
Prezados (as) autoridades federais,
Eu, Tonico Benites , vim por meio desta mensagem comunicar a todas autoridades federais que hoje de manhã, sexta-feira [06/04/2012], às 10h20, na estrada pública, em frente da aldeia Pirajuí-Paranhos-MS, um homem não índio, com dois revólveres na mão cercou a estrada e me mandou parar o carro, pedindo para eu descer dele.
Diante disso, eu falei para minha esposa, que estava junto comigo, além da crianças: "É hoje que pistoleiro vai me matar; eu vou descer". "Você desce e pega a chave do carro e as crianças, e vai correndo avisar as lideranças da aldeia Pirajui".
Ela começou a chorar com as crianças. Abri a porta e desci. O homem começou me pedir documento pessoal e do carro; passou a me interrogar. Entreguei a ele os documentos, ele olhou meu documento e falou: "Hã! vc é o Tonico Benites né!?, o que veio fazer por aqui!, conta? Hoje vamos conversar seriamente!"
Respondi: "Sim, eu mesmo. Vim visitar a família da esposa e parentadas aqui na aldeia Pirajui e Potrero Guasu". Ele falou: "É só isso??" respondi que sim. Comecei entrar em estado de raiva, medo e desespero, e perguntei o que pretendia fazer comigo e a mando de quem? Ele riu e disse: "Você é inteligente, né? Que bom!?".
Enquanto isso, a minha esposa gestante de 7 meses, e as crianças irmãzinhas dela começaram a chorar dentro do carro. O homem, ao ouvir o choro, falou-me naturalmente: "Você tem filhos e esposa, né? Gosta dela e de teus filhos? hein?! fala?" Respondi que sim.
Então ele passou me ameaçar: "Você vai perder tudo, ela que você ama e filhos que gosta, vai perder, Vai perder carro. Vai perder dinheiro. Tudo você vai perder. Você quer perder tudo? Você quer perder tudo?", ele repetiu várias vezes essas pergunta. Respondi: "Não! Não! Não!"
Já tinham passado mais de 20 minutos e a chuva estava chegando. "Você tem dinheiro?" Passou a me pedir a carteira do bolso. Entreguei a ele. "Hã! você tem sim! E vai começar perder." E pegou tudo o que eu tinha na carteira. Pediu-me várias vezes para não voltar mais àquela aldeia e região. "Se você promete que nunca mais vai volta por aqui vou soltar você vivo. Respondi: "Sim, sim!".
Ele falou: "Não estou não sozinho não; somos muitos. Aqui estamos só quatro. Tá vendo?", indicando o matinho. "Você não está fazendo o trabalho que presta, sabia não?", referindo-se à ocupação da terra e pesquisa antropológica. Ele sabe tudo sobre mim e meu trabalho. Fala bem língua guarani.
Depois se apresentou dizendo que ele é polícia do Paraguai. A vestimenta dele é similar a traje da polícia da Força Nacional. Pediu para eu não contar para autoridade, não! Só assim me soltaria vivo e nem levaria o carro, e nem machucaria minha esposa e crianças. Prometi que não contaria para ninguém.
Mais ou menos por 40 minutos, ele me falou: "Vai embora daqui! Nunca mais quero ver você por aqui." Respondi que sim!, se me soltasse, eu não voltaria àquela aldeia. Por último, disse: "Vou ficar de olho em você, hein?!
Assim me liberou. Não me machucou fisicamente, mas verbalmente sim; psicologicamente saí traumatizado, tremendo, muito medo. Às 10h45 fui direto à casa da liderança indígena da aldeia Pirajuí. Contei-lhe e ele ligou para a delegacia de Polícia Civil, em Paranhos, mas ninguém atendeu. Achamos que, por conta do feriados.
Imeditamente, as comunidades de Pirajuí se juntaram, querendo saber do acontecimento. Contei a todos o fato ocorrido. O Otoniel já se encontrava no interior da aldeia Pirajuí, e Eliseu já estava em Ypo'i. Minha esposa ficou muito mal, pediu para retornar a Dourados. Por isso, pedi às lideranças para me escoltar até a cidade de Paranhos. Eles me escoltaram com várias motos, deixando-me na cidade em Paranhos-MS. Retornei a Dourados, chegando lá às 20h30, e passei a escrever o fato ocorrido comigo hoje.
A liderança da aldeia Pirajuí me pediu para retornar segunda-feira para registrar queixa na Polícia Civil. Mas sozinho não quero voltar para lá, não. Preciso fazer algo mais diante disso. O Otoniel e o Eliseu se encontram na região de Paranhos-MS.
Att,
Tonico
(via Jorge Eremites de Oliveira, no Facebook)
Eu, Tonico Benites , vim por meio desta mensagem comunicar a todas autoridades federais que hoje de manhã, sexta-feira [06/04/2012], às 10h20, na estrada pública, em frente da aldeia Pirajuí-Paranhos-MS, um homem não índio, com dois revólveres na mão cercou a estrada e me mandou parar o carro, pedindo para eu descer dele.
Diante disso, eu falei para minha esposa, que estava junto comigo, além da crianças: "É hoje que pistoleiro vai me matar; eu vou descer". "Você desce e pega a chave do carro e as crianças, e vai correndo avisar as lideranças da aldeia Pirajui".
Ela começou a chorar com as crianças. Abri a porta e desci. O homem começou me pedir documento pessoal e do carro; passou a me interrogar. Entreguei a ele os documentos, ele olhou meu documento e falou: "Hã! vc é o Tonico Benites né!?, o que veio fazer por aqui!, conta? Hoje vamos conversar seriamente!"
Respondi: "Sim, eu mesmo. Vim visitar a família da esposa e parentadas aqui na aldeia Pirajui e Potrero Guasu". Ele falou: "É só isso??" respondi que sim. Comecei entrar em estado de raiva, medo e desespero, e perguntei o que pretendia fazer comigo e a mando de quem? Ele riu e disse: "Você é inteligente, né? Que bom!?".
Enquanto isso, a minha esposa gestante de 7 meses, e as crianças irmãzinhas dela começaram a chorar dentro do carro. O homem, ao ouvir o choro, falou-me naturalmente: "Você tem filhos e esposa, né? Gosta dela e de teus filhos? hein?! fala?" Respondi que sim.
Então ele passou me ameaçar: "Você vai perder tudo, ela que você ama e filhos que gosta, vai perder, Vai perder carro. Vai perder dinheiro. Tudo você vai perder. Você quer perder tudo? Você quer perder tudo?", ele repetiu várias vezes essas pergunta. Respondi: "Não! Não! Não!"
Já tinham passado mais de 20 minutos e a chuva estava chegando. "Você tem dinheiro?" Passou a me pedir a carteira do bolso. Entreguei a ele. "Hã! você tem sim! E vai começar perder." E pegou tudo o que eu tinha na carteira. Pediu-me várias vezes para não voltar mais àquela aldeia e região. "Se você promete que nunca mais vai volta por aqui vou soltar você vivo. Respondi: "Sim, sim!".
Ele falou: "Não estou não sozinho não; somos muitos. Aqui estamos só quatro. Tá vendo?", indicando o matinho. "Você não está fazendo o trabalho que presta, sabia não?", referindo-se à ocupação da terra e pesquisa antropológica. Ele sabe tudo sobre mim e meu trabalho. Fala bem língua guarani.
Depois se apresentou dizendo que ele é polícia do Paraguai. A vestimenta dele é similar a traje da polícia da Força Nacional. Pediu para eu não contar para autoridade, não! Só assim me soltaria vivo e nem levaria o carro, e nem machucaria minha esposa e crianças. Prometi que não contaria para ninguém.
Mais ou menos por 40 minutos, ele me falou: "Vai embora daqui! Nunca mais quero ver você por aqui." Respondi que sim!, se me soltasse, eu não voltaria àquela aldeia. Por último, disse: "Vou ficar de olho em você, hein?!
Assim me liberou. Não me machucou fisicamente, mas verbalmente sim; psicologicamente saí traumatizado, tremendo, muito medo. Às 10h45 fui direto à casa da liderança indígena da aldeia Pirajuí. Contei-lhe e ele ligou para a delegacia de Polícia Civil, em Paranhos, mas ninguém atendeu. Achamos que, por conta do feriados.
Imeditamente, as comunidades de Pirajuí se juntaram, querendo saber do acontecimento. Contei a todos o fato ocorrido. O Otoniel já se encontrava no interior da aldeia Pirajuí, e Eliseu já estava em Ypo'i. Minha esposa ficou muito mal, pediu para retornar a Dourados. Por isso, pedi às lideranças para me escoltar até a cidade de Paranhos. Eles me escoltaram com várias motos, deixando-me na cidade em Paranhos-MS. Retornei a Dourados, chegando lá às 20h30, e passei a escrever o fato ocorrido comigo hoje.
A liderança da aldeia Pirajuí me pediu para retornar segunda-feira para registrar queixa na Polícia Civil. Mas sozinho não quero voltar para lá, não. Preciso fazer algo mais diante disso. O Otoniel e o Eliseu se encontram na região de Paranhos-MS.
Att,
Tonico
(via Jorge Eremites de Oliveira, no Facebook)
quarta-feira, 18 de abril de 2012
Reunião da ABRAPPS acontece neste domingo em São Paulo
Os integrantes da diretoria da Associação de Pesquisadoras e Pesquisadores pela Justiça Social (ABRAPPS) tem uma ampla agenda de trabalho para definir as ações que serão implementadas neste segundo ano de gestão. O encontro acontece neste domingo, das 9 às 17 horas, na sede da Fundação Carlos Chagas, em São Paulo, e antecede o IX Encontro Brasileiro de Bolsistas IFP.
A diretora geral da ABRAPPS, Fátima Aparecida Silva, enfatiza que a pauta irá priorizar a discussões de metas para fortalecer a entidade, focando, especialmente, na valorização das regionais e na elaboração de projetos. “Com a nossa constituição legal, agora temos condições de iniciarmos uma segunda etapa da história da associação com o desenvolvido de projetos que poderão ser executados em qualquer região onde a ABRAPPS atua”, informa Fátima.
Nesse primeiro ano de gestão, duas ações fundamentais para o futuro da entidade. A primeira delas foi a aprovação do regimento interno, trabalho que foi delegado à comissão formada por Ronaldo Pereira Santos, Jorge Luiz Ribeiro dos Santos, Eliene Anjos e José Raimundo de Souza. O grupo conseguir elaborar a proposta do regimento que foi aprovada ainda em 2011 pelos associados. A segunda foi coordenada pelo diretor financeiro da ABRAPPS, José Raimundo de Souza, que esteve à frente das ações para formalizar a entidade. O processo foi finalizado com sucesso em março desse ano.
Confira a pauta da reunião:
1. 1) Abertura
2. 2) Informes
3. 3) Documentação da ABRAPPS: novo caminho a ser trilhado
4. 4) Afiliação e anuidade: quem pode se afiliar?
5. 5) Estratégias de divulgação da ABRAPPS
6. 6) Projetos para captação de recursos e parceria em projetos de associados
7. 7) Fortalecer ações regionais
8. 8) Congresso da ABRAPPS
9. 9) Processo de eleição para 2013
1010) Parceria com a Fundação Ford e FCC, próximas reuniões da ABRAPPS
1111) Mesa da ABRAPPS no encontro de Bolsistas
1212) Pontos regionais
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